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3 - 4 minutes readXWP e ROMA

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 Por Camila ‘Chapo’.

 

 

Nessa sequência de textos sobre Roma, venho a vocês com informações sobre política, mitologia, armamento, personagens romanos e claro, Xena!
Na Edição desse mês apresento uma base política e falo um pouco sobre Crassus, que deu as caras em Xena no episódio When in Rome.
Enjoy!  ^^

Roma

Como classificar um império que conserva poucas analogias com as realezas helênicas que se centravam na personalidade dominadora de seus reis? 
Apesar das influências inegáveis, Roma não era nem um Estado territorial nacional, nem uma monarquia absoluta, menos ainda uma ditadura popular ou ainda um regime totalitário. Roma é o que se pode denominar politicamente inclassificável.
Monarquias posteriores tentaram seguir o modelo romano de administração política, mas nenhuma foi bem sucedida.
Considerado isoladamente, o Império Romano representava uma forma institucional e territorial do exercício de um poder monárquico, mas ao qual eram associados os valores aristocráticos tradicionais, o direito público como fonte de legitimidade e uma dimensão religiosa que correspondia ao ponto de vista ideológico e à forma como raciocinavam as elites romanas e as de suas províncias. (¹)
Mas vamos nos abster um pouco da política, porque, seja como for, o sucesso administrativo do reino, da republica e do império, é inegável. E vamos à história!

Trio parada dura

Crassos

A união secreta de Crassos, Julio César e Pompeu, marca o primeiro Triunvirato para obter o poder absoluto em Roma. 
Como sabemos, não diferente de qualquer mortal, cada um dessas três pontas da pirâmide tinha uma meta de poder que não necessariamente incluía o outro no que diz respeito à lucros, sejam esses monetários ou apenas glória e status.
Na junção dos três, basicamente, Crassos buscava glória militar e tinha dinheiro para isso; Julio César acabara de se tornar cônsul e era um advogado do-contra, tinha somente sua filha Julia para oferecer como esposa a Pompeu e, por sua vez,  Pompeu era amado pelo povo por suas conquistas militares mas não possuía sangue azul e nem terras para pagar suas legiões.
Então, César se encarregou de passar terras de Crassos para Pompeu e obter apoio dele no senado para conquistar a Gália.
Em Xena, Crassos é – se me permitem o êxtase momentâneo –  uma das manobras mais geniais da Guerreira em parceria com Gabrielle, quando é trocado por Vercinix( na verdade Vercingetórix) e decapitado em frente ao povo de Roma.(²)
Isso na verdade simbolizou a vitória e superioridade de César, pois seu exercito era de numero bem inferior nessa guerra, e com suas estratégias, venceu sem grandes baixas. Mas a cara de idiota de César quando reconheceu Crassos na hora da decaptação é impagável! Ouso dizer que todos Xenites deram o sorrisinho malévolo e triunfante de Pompeu nesse momento.
Talvez tenha sido egoísmo de Xena colocar Gabrielle em uma posição tão delicada. O bem maior acima de tudo, até mesmo de quem mais se ama, era uma decisão difícil até mesmo para Eli. Xena e Gabrielle demonstraram uma coragem imensurável nesse episódio. Der repente Gabby se tornou o júri, o juiz e o carrasco colocando Crassos na arena sem o anel. Mas o que me impressiona mesmo é o fato de não sentirmos remorso por Crassos, mas por Gabby. Ela, afinal, também não se tornou uma assassina?

 

1. Le Roux, Patrick .
1943- Império Romano

2. A história real conta que Crassos foi morto pelos persas na Batalha de Carrhae e Vercinix enforcado na posse de Julio César.

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