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4 - 5 minutes readQuando Xena virou um clássico

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Por Kevin Plunders

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Assisto e sou fã de “Zina” desde 97, assim que começou a passar no SBT. Quando o SBT parou de exibir no fim da terceira temporada foi uma tristeza só, mas felizmente o Universal Channel adquiriu os direitos e exibiu as seis temporadas, que tenho orgulho de ter em VHS (por enquanto).

Os comentários que farei a seguir têm como guia a coleção de cards das 6 temporadas da Topps e Rittenhouse Archives Ltda, que muito me orgulho de ter.

O início da série, e quase todo o 1º ano, foi bem trash! Mas era um trash gostoso de ver por causa do carisma dos personagens, principalmente Lucy, que é uma atriz fenomenal, e demonstra bem isso nos vários tipos de episódios, seja drama, comédia, aventura, besteirol, ela dá show em tudo. E é claro sua beleza estonteante! Pena que muita gente não entendeu e ainda não entende o tom variado da série e continua a meter o pau até hoje, infelizmente pra eles. Preconceito puro.

A partir do segundo ano o tom fica mais sério e surge o primeiro CLÁSSICO, uma história que fica na sua cabeça por dias e você não consegue pensar em outra coisa: Destino, contando um pedaço do passado de “Zina” e sua relação com Júlio César. Uma história em duas partes que conclui em “The Quest”. Fantástico! O episódio “Callisto”, da 1ª temporada poderia ser considerado o 1º clássico, não fosse o tom mais leve do episódio. Mas é um dos melhores da série. Ah, “Zina” foi filmado em 16mm na 1ª temporada e as seguintes em 35mm, por isso a imagem da 1ª não é muito boa.

Outros episódios dignos de excelência são “Remember Nothing” (2/2), “Return of Callisto” (2/5), “A Necessary Evil” (2/14), “Blind Faith” (2/18), e o selvagem “The Price” (2/20). Toda temporada é excelente, mas os destaques ficam por conta desses episódios, e qualidade de produção também dá um salto. Foi aí que os produtores viram que tinham um pote de ouro nas mãos.
Então começa a terceira temporada, cheia de clássicos: “The Debt I e II”, mostrando o passado de “Zina “ na China e sua relação com Bórias (3/6,7); “Maternal Instincs” (3/11), onde Solan, o filho de Xena é morto por Esperança e Callisto, um dos episódios mais pesados da série; “The Bitter Suíte” (3/12), o 1º episódio musical onde os problemas entre “Zina” e Gabrielle por causa de Esperança são resolvidos (de forma violenta); “One Against One Army” (3/13), onde “Zina “ luta sozinha contra um exército persa. São 40 minutos de porrada! Uma clara homenagem à Batalha das Termophilas, onde 300 Espartanos lutaram até à morte contra o exército persa, no Desfiladeiro das Termophilas e poderá ser visto em um cinema próximo de você no filme 300; e fechando o ano, “Sacrifice I e II”, onde “Zina” e Callisto lutam para dar um fim à filha de Gabrielle e tem aquele trágico final.

A 4ª temporada começa com um episódio que pra mim, tem a melhor seqüência com “Zina” de toda a série! Antes da abertura, “Zina” vai até Hades pra saber o paradeiro de Gabrielle e informada que ela não estava lá por ser uma amazona grega, e sai de lá cavalgando com toda a fúria e determinação que é possível ver no rosto de uma pessoa!! E quando ela grita com o cavalo é de gelar a espinha! Cena fantástica que deveria ser enfiada goela (ou saída) abaixo de quem acha que a série é avacalhada! Lucy está linda e possuída nessa cena.
A 4ª, 5ª e 6ª são clássicos por completo! Todos os episódios são excelentes! Quem não viu não sabe o que está perdendo (e espero que tenham a chance de assistir em breve). “Adventures in the Sin Trade” (4/1,2); “A family Affair” (4/3); “Crusader” (4/8); a Saga da Índia (fantástica! O episódio “The Way” (4/16) é enlouquecedor!) A coluna partida e crucificação de “Zina e Gabrielle”; o retorno; o nascimento de Eva; 25 anos depois – Lívia, a Guerreira da Roma!; A Trilogia do Anel; “When Fates Collide”; e o fim, “ A friend in Need I e II”

Espero que a Universal lance o resto da série em DVD e se possível o Box comemorativo de 10 anos.

“Zina” foi uma série que parou no auge, quando os fãs pediam por mais! Diferente de séries que têm sucesso e ficam se arrastando por dinheiro depois de um tempo e acabam saindo do caminho e perdendo fãs, como Arquivo X e agora Smallville. Esse foi o segredo do sucesso atemporal de “Zina”, como Pelé, parar no auge para ser sempre bem lembrada!

Espero que quem não assistiu até o fim consiga assistir, é uma pérola de série e minha favorita em todos esses anos. Apesar de minha esposa dizer que não gosta (ciúme puro!), eu ainda me lembro o dia que eu cheguei do trabalho (ela gravava os episódios pra mim quando éramos noivos) e tinha passado o episódio em que “Zina” é crucificada e tem as pernas quebradas. Assim que eu entrei, ela veio ofegante me contar o que tinha acontecido e a fita já estava nessa posição para que eu visse a cena! E ela ainda diz que não gosta. Mas permite que eu trate Zina como Princesa, a minha Princesa.

Vida longa à Princesa e Gabrielle!

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