Bitch Power

3 - 4 minutes readNem Monalisa derruba o sorriso enigmático desta mommy-bitch.

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BITCH POWER – n. 16

A mulher mais intrigante na espionagem – bitch?

Por Alessandro Chmiel

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Sem dedicatórias este mês.

 

Obs.: poucos spoilers que não acabam com a graça de tudo – eu não faria isso com uma série tão apaixonante!

 

ARQUIVO CONFIDENCIAL – CIA

 

Nome: Irina Derevko

Localização atual: Desconhecida

Data de Nascimento: 22/03/1951

Naturalidade: Moscow, USSR

Altura: 5’9″

Peso: 140

Sexo: F

Idiomas: Inglês, Russo

Formação: B.A.; Mestrado em Literatura Inglesa

Origens: Irina Derevko foi recrutada pela KGB, uma central de espionagem da antiga Rússia, em 1970. Para espionar os serviços secretos da CIA americana, a agente especial casou-se com o agente sênior Jack Bristow. Infiltrada na vida do empregado do governo, Irina atendia pelo codinome Laura Bristow. Anos mais tarde, para fortalecer seu disfarce, Irina/Laura teve uma filha com Jack, Sydney Bristow. Eventualmente, Irina forja um acidente de carro fatal, matando seu alias Laura Bristow, abandonando seu marido e sua filha, já tendo cumprido seus objetivos secretos. Escondida, Irina Derevko seguiu dominando agências especiais ao redor do mundo, a qualquer custo, para obter o poder que tanto deseja.

Treinamento/Habilidades Especiais: Desconhecido, mas considerada extremamente perigosa

 

<O>

 

Ok, isso tudo foi uma pequena brincadeira, ironizando um pouco o clima da série. Para quem não lembra, na Girl Power n. 09 lhes foi apresentada a heroína Sydney Bristow (Jennifer Garner), a protagonista da série ALIAS. Demorou, mas aqui estou cumprindo uma profecia particular de que, um dia, escreveria um artigo da Bitch Power sobre a mãe de Syd, Irina Derevko (Lena Olin).
Irina é figura chave nesse seriado de drama e ação constante, dando as caras na segunda temporada, mas onipresente desde o início, seja em menções, lembranças do passado, fatos que sejam resultado de suas ações – afinal, até mesmo Sydney só existe por causa da missão que sua mãe cumpriu ao casar-se com Jack (Victor Garber).

             O mais intrigante em Irina é nunca sabermos de que lado ela está. Lembra um tanto Ares, mas com a meticulosidade que só as mulheres possuem – sem ofensas, hein? Irina é do tipo que articula todos os seus passos, com a justificativa de fazer o que precisa ser feito. Suas cenas são sempre cheias de tensão, e apenas sua presença na tela já nos trás calafrios. Seus olhos perscrutam a profundidade de quem lhe concede um encontro frente a frente, e seu sorriso esconde todos os segredos do mundo. Falando nisso, parece que nada do que acontece neste planeta encontra-se no desconhecido para Irina.

            O que mais me assusta em Irina são outros tipos de justificativas que ela dá para suas atitudes: amor. Amor de esposa, amor de mãe. Suas paixões são obscuras, seus limites são poucos. Em meio a uma trama cercada de desejos por vida eterna, domínio público, riqueza e posse de poderosos arsenais, Irina Derevko é com certeza a primeira dama. Assim como a Evil Xena, essa mamãe bitch apresenta tendências de redenção. Ao contrário de Xena, contudo, Irina não muda de caminhos definitivamente, e nunca é um exemplo óbvio da mudança. Irina é um equilíbrio velado, pois aparentemente um lado pesa mais que o outro, e quem assiste ALIAS permanece em constante dúvida sobre a fidelidade do seu coração, na sinceridade de suas palavras. Irina nos faz pensar nas decisões que tomamos na vida, do quanto damos importância às pessoas ao nosso redor. E ALIAS fala muito dessa função em equilibrar nossos deveres e nossas relações, independentemente dos laços familiares, mas também de amigos, como Xena e Gabrielle. Quem vos fala admite: ALIAS é top cinco em minha vida, e Sydney – e de seu próprio modo, também Irina – é uma personagem que fica para sempre em nossa memória.

  

            Obrigado pela atenção, espero que você tenha a oportunidade de conferir tamanha performance desta atriz fenomenal. Por favor, deixem seus comentários, críticas/elogios, sugestões etc.

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