Bitch Power

4 - 5 minutes readDe Rainha do Egito para espiã internacional… seu codinome é Bitch Power!

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Por Alessandro Chmiel

E-mail: [email protected]

Twitter: @AleXenite

 

Dedicado às minhas agentes e admiradoras da RX –  Andressa Travassos, Cristina Bordinhão e Grazielle Ruzzante –, pelas missões que deixaram saudades. Meu amor rambaldiano nem se compara ao que tenho por vocês!

 Antes de tudo… Solta o som, Giacchino! Esse musicista é tão fenomenal quanto Joseph LoDuca, e esta melodia que vocês escutam agora é pano de fundo para a primeira aparição desta Bitch Power. Confiram enquanto leem o artigo!

 <O>

Que saudade ferrenha que eu estava da Revista Xenite!! Majestoso fandom, é ótimo estar de volta com todos vocês aqui. E para recomeçar a linha de vilãs boas de briga da seção Bitch Power, nada melhor do que um rosto conhecido da galera. Vocês ainda se recordam do Egito na época dos deuses antigos?

Antes mesmo de um episódio denominado Antony and Cleopatra (05×18), a inebriante rainha egípcia deu as caras na terceira temporada – e uma cara diferente e marcante: a bela face de Gina Torres!

Arrancando suspiros do Autolycus logo nas primeiras cenas, a Cleópatra interpretada pela Srta. Torres tem a pose que toda alteza deveria ter – talvez nem tanta malícia seria indicada, mas o Rei dos Ladrões não se importa nem um pouquinho (nem a gente!)… O fato é que a atriz de fartos lábios já aparecia na TV bem antes de ALIAS, inclusive nas séries Hercules e Angel. O talento de Gina Torres está em todo lugar, e com essa personagem em especial a atriz mostra a que veio: um show de majestosa vilania.

Esse Alê de novo nos empurrando esse ‘aliás’ goela abaixo…” é o que vocês podem ter pensado. Sou fiel ao que amo, e séries merecedoras de apreciação serão sempre indicadas aqui, e ALIAS tem GPs e BPs saindo pela janela (entre uma explosão e outra!).

Gina Torres é a espiã russa Anna Espinosa, que atormenta a vida da GP n.09 Sydney Bristow da primeira à última temporada dessa história sensacional de espionagem e intrigas. Essas duas agentes inimigas exaltam rivalidade semelhante à existente entre Xena e Callisto. Existe até uma briga nas escadas (a famosa ladder fight do episódio 01×22 – Callisto – ver imagem da direita)! Enquanto Sydney trabalha para a CIA defendendo o mundo do terrorismo, Anna pertence à agência K-Directore, da Rússia – ou seja, a rivalidade entre as duas já tem início no patriotismo.

Em suas primeiras aparições, Anna pode ser considerada apenas uma outra versão de Sydney Bristow, alguém que tem um trabalho a fazer. Acontece que, no caso de Anna, esse trabalho não é para o bem de ninguém além dos seus chefões. Ficamos sabendo que Sydney não gosta nem um pouco da colega, como se as duas disputassem uma competição intrigante e até divertida que é só delas. Contudo, outras razões de maior significância estão em jogo: Anna Espinosa é uma seguidora de Rambaldi, um profeta do século XV que anuncia o fim dos tempos. O tal profeta possuía boas intenções, prevendo utensílios tecnológicos que mudariam o mundo, mas Anna e um bando de gente dentro e fora da espionagem acabaram desvirtuando as antevisões de Rambaldi. Deixar qualquer material rambaldiano nas mãos de Anna é um passo a mais rumo a 2012 ao fim dos tempos. E é isso que Sydney tenta impedir na caçada aos artefatos com a marca <O> de Rambaldi. E por falar em marcas, lady Espinosa aprendeu com a Xuxa e com a Angélica sabe que beijos verdadeiros de batom são realmente marcantes – e podem causar muita, muita irritação.

Além do fator maldade 100% ON dessa bitch, o que mais nos apoquenta nela é justamente o que mais nos cativa: sua postura de mulher poderosa. Durante as lutas corporais, Anna carrega trejeitos animalescos, e sua altura descomunal para uma mulher assustam os fervorosos fãs da agente Bristow. Somando-se a isso, o sotaque russo da cavalona (!!) dá aquele toque de estranheza que nos causa temor pelo desconhecido, algo típico em ALIAS e que geralmente funciona. Talvez eu pudesse melhor comparar Anna Espinosa com a fanática Najara, partindo do pressuposto de que Anna também seria uma devota a uma fé irregular e que de alguma forma acreditasse fazer o bem. Mas no fundo, tanto ela quanto Najara sabem que não é bem assim, e agem de tal modo a beneficiarem apenas a si próprias, cada uma dentro de sua conveniente insanidade. Outro fator comparativo entre as duas é o de que as brigas entre a vilã e a protagonista são extremamente agressivas e radicais, quebrando tudo ao redor e utilizando golpes cujas aplicações em pessoas comuns certamente levariam a nocaute. Aqui vocês podem conferir um pouco do que estou falando, e sentir toda a tensão que rodeia os embates contra Anna Espinosa. Mas parafraseando um seriado musical de sucesso por aí, toda essa rivalidade é bastante divertida… até que para de ser. Uma coisa é certa: Anna Espinosa é assaz enigmática, tremendamente perigosa de ser desvendada. Seu Destino? Ah, só Rambaldi sabe…

Na edição de Abril, a Bitch Power conta com a autoria de Pedro Henrique Ferreira, trazendo outra vilã de SPARTACUS. Podem acreditar, tem mulher mais cruel do que a BP n.26 Lucretia (será?). Um ótimo retorno a todos da RX, e nos vemos em Abril!

 

4 Comments

  • Cristina

    a Anna é a típica personagem pra botar medo – mas ao mesmo tempo pra reforçar o poder da Syd em derrubar gente (bem) maior que ela. e eu nem sabia que ela tinha aparecido em Xena! mais um (entre 18290182091) motivo acumulado pra começar a assistir XWP! =D ótimo artigo Alê – quase com spoilers, mas o suficiente pra deixar com vontade de assistir o seriado!

  • Andressa

    Mais um ótimo artigo, claro!
    E com essa bitch, não tinha como não ser. A Anna realmente é uma das personagens “do mal” mais marcantes de ALIAS. A Sra. Espinosa tem o pacote completo para uma vilã de peso, desde a aparência, que só posso descrever como poderosa, até o mais sutil sorriso.

  • Grazi

    Cavala? Porra, essa mulher é um boi inteiro!
    E adorei o beijinho da Xuxa. A diferença é que toda vez que ela dava esse beijinho, eu mesma queria encarar a agente secreta e quebrar o vidro. Da TV!
    Ótimo artigo, bom ver BP de volta. 😀

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