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3 minutes readCa ven meu amiiiiiiiiiigo!

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*Artigo dedicado a você, fã do Tumblr, the-detonator*

 

Acho que é de conhecimento de todos que Mary, Ary e eu temos um tumblr (que também tem sua página no facebook), que é o “Xena Confessions” (tumblr | face). A ideia é o povo confessar qualquer coisa que sente em relação ao seriado, em anônimo ou não, que a gente monta numa imagem e posta pra todo mundo ver e se identificar (ou não).

 Bem, hoje eu estava aqui montando as confessions, quando de repente me deparo com: “I’m certain that ‘friend’ had a different meaning back in ancient times” (Eu tenho certeza de que ‘amiga’ tinha um significado diferente lá na época dos deuses antigos): embora ela só tenha  desejado expressar seu subberanismo, ela acendeu uma questão muito louca na minha mente, e é por isso que eu vim pra cá escrever: afinal, qual seria o sentido de amiga, forma carinhosa da Xena se referir tantas vezes à sua querida Gabrielle?

Partindo para a Literatura, podemos responder a essa pergunta analisando o Trovadorismo, Escola literária com origens portuguesas, que surgiu na Idade Média.

A Idade Média começa exatamente onde a Antiguidade, que é o principal período que ambientou as histórias das nossas heroínas, termina – de 476 d.C até 1453 d.C. Agora, voltando ao Trovadorismo:

Naquela época o povamantes trovadorescaso não separava poesia e música, mas não apenas porque não sabiam a beleza do recitar, mas também porque é mais fácil de memorizar, e assim, espalhar as cantigas dos trovadores por aí, popularizar – afinal, quantas músicas você sabe de cor? Ok, e quantos poemas? Pois é. Então no Trovadorismo o que se produziam eram cantigas. Cantigas essas divididas em quatro partes: de Amor, de Amigo (Líricas), de Escárnio e de Maldizer (Satíricas). As líricas serviam para expressar amor, e as satíricas, como diz o nome, para zuar uma pessoa mesmo, humilhar, podendo ela ser identificada (Maldizer) ou não (Escárnio). Mas o foco são as primeiras.

Cantigas Líricas (de):

-Amor:

Ela traz um eu lírico masculino que aborda a coita (não coito), sofrimento amoroso vivido por ele em relação à amada, tratada por senhora. Basicamente é uma cantiga de amor platônico, que séculos mais tarde teria seu esplendor no Facebook, com influências da Arte Moderna e- ok, estou viajando demais.

-Amigo:

Finalmente cheguei onde queria chegar! Ela traz um eu lírico feminino (mas que diferença faz, o caro leitor pergunta, o eu lírico do autor? Eu quero saber é se é do autor ou autora, cara – mas eu respondo: naquela época as mulheres não tinham direito à alfabetização, embora haja estudos controversos a respeito disso, mas é isso que se aprende até hoje, então vamos assumir como verdade, portanto, apenas os homens faziam essas cantigas, beijos.) que, em sua interação com a natureza, lamenta a saudade do amado, que provavelmente está lutando na guerra, e a forma de tratar esse amado era – rufem os tambores – amigo.

E é esse o ponto que artigo queria mostrar a vocês. Se, na Idade Média, amigo era sinônimo de amado, namorado, cônjuge… Imagina mais antigamente, com a mente aberta que aquele pessoal tinha? Fica aqui, portanto, mais um ponto pros subbers LOL.

 

P.S: É o segundo artigo sobre Literatura que eu faço, o primeiro podem conferir aqui: http://www.revistaxenite.com.br/imagens-pelas-palavras/

Beijos!

4 Comments

  • Mára

    Mente aberta que o pessoal tinha na antiguidade??? Depende a cultura, o povo e o lugar né… dá uma olhada no artigo http://www.revistaxenite.com/sexualidade-na-grecia-antiga/
    4 de abril da revista Xenite… . mas de certa maneira também tem sentido Safo, Alexnadre o Grande… Eu acho que era mais uma questão de $ que de mente isso. (classe social mesmo)meu amigo = meu amado??? no sentido de amante??? Q perigo ??!!! Não concordo contigo quanto ao uso que a Xena fazia do termo mas gostei do artigo… parabéns.

    • Mára

      Falei com uma colega hiper mega super ultra prof de história. Ela me disse que sempre outra e que era mais ou menos aberto dependendo muito do pensamento de quem tava no poder e também depende do olhar que se tem sobre determinadas situações e/ou épocas. Ambos estão certos sobre esta relação na antiguidade . Resumo da ópera: depende do ponto de vista nem tudo é branco no preto.

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