Girl Power

4 - 5 minutes readA Disney esconde uma Princesa pra lá de Guerreira! O coração da China pintando a GP!

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Por Alessandro Chmiel

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GIRL POWER – n. 20

000Dedicado a Cristina Bordinhão, a Kizzy. Colega das Letras, Ivo, parceira de UNO, leitora assídua e rápida como ninguém, Agente Paróquia nos sábados, AMIGA; e, claro, a princesa que a Disney não soube inventar. Se um dia eu puder, te dou um castelo encantado e acho um príncipe pra ti. Amo você, guria.                                                                                                                                          Obs.: Possíveis spoilerzinhos ao longo do artigo. Mas como falamos de Disney, nada que vá estragar qualquer surpresa. Você ainda vai querer ver o filme – assim espero. Curtam!                                                                         Se em 2009 a RX alcançou façanhas internacionais, 2010 não tem razão alguma para ser menos que isso. Nosso trabalho é cada vez mais grato por toda a admiração que recebemos de Xenites e não Xenites, mas simpatizantes do nosso amor tão fiel à nossa série. E é sobre a admiração de um país frente à sua heroína que venho falar agora.

A Disney resolveu se puxar criando essa princesa exótica, que em semelhanças com Xena tem até no nome da nossa musa: afinal, “xeno” é referido a quem vem de terras estrangeiras, e a nossa GP Fa Mulan é 100% made in China(China, Xena… Zina, China… Lao Ma… hã?). A história do filme homônimo de 1998 (direção de Tony Bancroft e Barry Cook; 90 minutos) é comovente, com músicas divertidas e um cenário belíssimo, mas o notório do filme ainda é sua princesa, longe dos estereótipos de Cinderela e Branca de Neve.
Tudo começa quando o Imperador da China convoca toda a nação para enfrentar o exército dos Hunos, que invade seus territórios e ameaça a vida pacífica chinesa. Para tanto, o imperador exige que um membro masculino de cada família se apresente ao exército para lutar. Sendo filha única, Mulan testemunha seu velho e adoentado pai Fa Zhou alistando-se. Temendo pela vida do pai, Mulan reúne toda a sua coragem e rouba as armaduras e a espada de seu pai, corta os cabelos para evitar qualquer traço feminino e parte atrás do exército no lugar de seu pai, deixando sua família inconsolável.

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            Na companhia de seu cavalo Khan e de seu dragãozinho protetor Mushu, Mulan, com apenas 16 anos e agora atendendo ao codinome Ping, inicia seu treinamento sob as ordens do Capitão Li Shang. Tudo era mais difícil do que ela podia imaginar, mas sua determinação a coloca em destaque aos olhos de Shang, considerando-a um “guerreiro” honorável. Para dificultar ainda mais a situação, o coração de Mulan começa a bater mais forte por seu comandante – mas como demonstrar isso em meio à guerra e à sua condição? E é desse modo que Mulan deve mostrar todo seu potencial no combate aos inimigos, na força de seu corpo e de sua alma, e na amizade e confiança em seus amigos.

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            Uma das curiosidades sobre Mulan é que ela foi inspirada em uma personagem lendária, Hua Mulan, descrita em um famoso poema chinês intitulado Ballad of Mulan, e a personagem que veste-se de homem para entrar em um exército é presente no folclore da China. Além dos dois filmes animados (o segundo, Mulan II, lançado em DVD em 2005), Mulan está presente no jogo Kingdom Hearts, fazendo uma pontinha em algumas batalhas. A novidade é que, no ano passado, uma produtora chinesa adquiriu os direitos de filmagem de uma versão cinematográfica com atores reais. Ainda não assisti, mas já estou correndo fazer meu download e conferir. Os pôsteres prometem!

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            Como já disse no início, Mulan é inegavelmente um espelho de Xena. Para começar, não é qualquer mulher que consegue lutar de igual para igual contra um homem, nem entrar em um exército lotado deles. Suas habilidades de luta incorporam toda a graça chinesa e, apesar disso, a Xena “voa” mais que ela, pode comparar (possivelmente, nesse quesito, Mulan lembre mesmo a sábia Lao Ma, que também vem da terra da muralha). Sob outros aspectos, a nossa GP une Gabrielleao time ao observar-se, logo nos primeiros minutos do longa, o quanto Mulan deseja ser diferente, sem viver abaixo das normas que a sua cultura, sempre tão forte, a impõe. Foi impossível não lembrar da cena da fogueira em XWP de 01×01 – Sins of the Past e as declarações inconformadas de Gabrielle, que só alguém como Xena poderia compreender. Mulan também não pertencia àquele mundo, estando destinada a feitos muito maiores do que simplesmente casar, ter filhos e, como segue o roteiro da Disney, ser feliz para sempre – ou até a próxima sequência.

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            Mulan é daqueles clássicos que nunca se esquece. É a magia de ser quem se deseja ser, é ver o sonho de mudar o mundo sob nossas ações, é servir de motivo de orgulho para o lugar que a gente pertence, nosso chão e nossa família. É mais do que a busca do amor de um príncipe encantado, é a procura do amor-próprio. Uma história digna de uma princesa guerreira.
No mês que vem, uma GP que está bombando nos cinemas do mundo inteiro; um pouco diferente, mas com a valentia que só o mundo de Avatar pode oferecer. Se você ainda não assistiu, não perca tempo e cavalgue para o cinema, pois a RX de fevereiro já está quase aí. A todos o meu muito obrigado, votem e comentem, e até a próxima. Abraços e beixenites!

5 Comments

  • Chapo

    amo amo amo!!!
    assisti esse filme tantas vzs q seria impossivel contabilizar
    Mulan é uma guerreira porque sonha
    e sonha porque é uma guerreira

    Na antiga china imperial ser uma mulher era sinonimo de ser “submissa” e Mulan e seus feitos mostram que ser mulher é muito mais do que lavar a louça e parir.

    “Um grão de areia pode virar a balança.
    Um homem pode ser a diferença entre a vitória e a derrota da China”

    -ou uma mulher-

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