Bitch Power

4 - 5 minutes readA Dançarina da Morte é uma bitch…

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BITCH POWER – n. 24

…e sua arma é um chakram em forma de bambolê???!!

Por Alessandro Chmiel

E-mail: [email protected]

Twitter: @AleXenite

 

 

Dedicado aos Ivos e nossos lendários madrugadões regados a bebida, música, alegria, ivolescência, e claro, muito Soul Calibur!

  

Soul Calibur é um sucesso! Pelo menos aqui em casa… Mentira, a série de jogos de luta seduz ao redor do mundo, desde fãs ardorosos até os amadores que são fascinados pela atmosfera encantadora de um game de combate. Não é preciso ser um mestre dos controles para boas brigas e risadas na frente do videogame, e sempre há algo novo para se aprender neste jogo. Espadas e guerreiros de todas as raças, credos, fantasias e mentalidades, Tira ainda assim surpreende quando o assunto é inovar.

            Vestindo um modelo único de tomara-que-suba, Tira “Tira! Tira! Tira!” apareceu intrigando os fãs de Soul Calibur. Seria ela uma vilã cheia de mistério ou uma palhaça para zoar com a seriedade da trama? Tanto gregos quanto troianos não deixam de estar certos.

 

 

 

 

            Tira cresceu no meio de uma grande organização assassina, conhecida como “Bird of Passage” (“Pássaro da Passagem”). Num belo dia certamente banhado a sangue, o líder do grupo enlouqueceu, e Tira refugiou-se, seguindo seu próprio caminho. A mocinha seguiu solitária tentando viver calmamente na sua, mas seu instinto assassino falava mais alto, a boa e velha política do “morra e saia do meu caminho!”. Logo Tira ouviu falar da espada chamada Soul Edge, e sentiu uma forte conexão com o espírito que a espada então possuía, jurando lealdade ao artefato. Sua missão, guiada por corvos que a cercaram daquele dia em diante, era encontrar a espada inimiga, Soul Calibur, e assim prevenir Soul Edge de ser destruída.

 

 

 

            A pilantrinha quase obteve sucesso. Aliando-se a Zasalamel, os dois conseguiram atrair o heróico Siegfried, portador da Soul Calibur, até eles. No confronto, uma grande onda de energia dissipou-se da batalha entre as espadas, uma supernova tão absurda que dividiu a própria personalidade já conflituosa de Tira. Assim, a mente de Tira ficou dividida em duas identidades, chamadas de Jolly (festejadora, pilheriadora) e Gloomy (obscura, sombria). A cabeça dela, que já era uma bagunça pra deixar qualquer Afrodite sair correndo do divã e nunca mais voltar, “consertou-se” numa bipolaridade totalmente imprevisível. Na trama do quarto jogo, a Soul Edge retorna ao nosso mundo, e Tira permanece fiel à espada maligna, tentando manipular outros guerreiros para entrarem no seu time de malucos.

            A característica e atividade inesperada de Tira (ou Jolly, ou Gloomy, vai saber…) é o grande trunfo dessa psicótica menina de 17 anos. Praticante da “Dança da Morte”, Tira parece brincar com o oponente enquanto lhe despedaça na arena – sorte que esse jogo não é Mortal Kombat e as pessoas saem inteiras e sem sangrar! Tomando o cenário como uma espécie de picadeiro do açougue, Tira rebola, dá saltinhos de alegria corrupta e joga com sua arma de lá pra cá, basta conferir.

 

 

 

Óbvio que na primeira vez que vi Tira em ação lembrei de uma certa Princesa Guerreira, ainda mais quando Tira lança o inimigo no ar e sua arma, a Ring Blade (“lâmina anelar”), vai atrás do inimigo e volta para as suas mãos. Confira alguns de seus movimentos em Soul Calibur IV aqui!

            Coincidência ou não, quem mais me lembra Tira no Xenaverse é nossa (nem tanto) adorada Tara, a Mike Tyson da nossa Gabrielle Holyfield. Novinha, inexperiente, criada no meio da desordem, sem o amor do pai nem da mãe, uma cretina que só quer saber de se dar bem, mesmo com a desculpa de querer ser boa, mas sem ter nascido pra isso. Quer outros aspectos semelhantes entre as duas megerazinhas? O visu “não me leve a sério de jeito nenhum” cabe às duas, sem falar nas artes da dança, ou esqueceram de 04×06 – A Tale of Two Muses? Tara dança pela liberdade de sentimentos, enquanto Tira dança também pela diversão, porém o conceito disso, para essa bitch, é um tantinho mais impróprio do que praticar a dança numa cidade onde ela é proibida. Mas convenhamos, Tira é bem mais aloprada do que Tara, que até a Xena acreditou ter conserto. Teria Tira (perdoem-me se me/lhes confundi nos nomes, mas creio que não)?

            Fica aqui o convite a um jogo cativante, mágico, que rende horas e mais horas de empolgação no videogame, principalmente na companhia dos amigos: o terceiro jogo da série, para PlayStation 2, permite que até 8 jogadores disputem torneios e ligas, é só preparar a festa! E já adianto: Tira é uma excelente personagem para começar, podendo enganar você, mas certamente sendo mais evasiva ao seu oponente. Só não tenha inspirações na vida real, e use seu bambolê apenas como brinquedo, ok? Abraços, Xenites, e comentem! Até fevereiro! 

 

 

            Alguém ainda brinca de bambolê?

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